Educação Física no Brasil: um breve histórico.

No início, a Educação Física tinha o papel de preparar o corpo para possíveis batalhas, ou seja era uma ferramenta para manter os jovens prontos fisicamente para servir ao País, se necessário. Nessa época as aulas eram baseadas principalmente na ginástica em 4 sessões semanais de 30 minutos. Outro ponto interessante é que somente os homens participavam das aulas, afinal mulheres não precisavam ser treinadas para as batalhas...

O tempo passou e o Brasil viveu um processo político ditatorial. O governo utilizou o esporte e, consequentemente a Educação Física como propaganda, dando grande destaque ao esporte de alto rendimento. Foi nessa época em que as modalidades esportivas ganharam grande espaço nas aulas de Educação Física.

Nos anos 80 a disciplina entrou em sua "crise" existencial: pois havia a busca da socialização da Educação Física. Nessa época, fora do Brasil os países mais desenvolvidos iniciavam o movimento de "culto ao corpo", com o surgimento das academias e dos planos de musculação e ginástica. Por aqui esse processo foi mais lento, ganhando mais espaço nos anos 90.

Na década seguinte a preocupação com a saúde passa a ser uma das grandes finalidades da Educação Física, mesmo dentro das escolas. Surgem, por exemplo, as subdivisões: esporte educativo, esporte participativo e performance esportiva. Na escola, o esporte como meio educacional e a ideia de massificação (participação) esportiva está presente até hoje.

A partir da preocupação com o lado educacional do esporte, surgem novas teorias pedagógicas e propostas de atividades diferentes da prática esportiva e da ginástica e suas variações: desenvolvimento motor, psicomotricidade, construtivismo e interacionismo, superação de problemas através da análise crítica, sistematização das atividades, saúde renovada, cooperação, enfim: abordagens pedagógicas que enriqueceram e transformaram a Educação Física no Brasil.